quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O gigante mundo do nosso umbigo

Desenha, desenha, desenha
Faz curvas e voltas e detalhes
Faz sombras e arranjos e verdades
Constrói, constrói, constrói

Será mesmo tão genuíno?
Acho que a verdade é o que mais inquieta
Que tudo que tanto tenta fazer discreta
É na verdade espelho do contrário

Que jorre litros e litros
Que escorra por ruas e ladeiras
E que no fim dessa história não tão verdadeira
Não encontre público para saldar

Parabéns por mais essa obra prima
Estão todos aqui, comprimente a sina
Tua sina não é porém essa imagem
Não é nem essa imensa vontade

De mostrar pro mundo que se é diferente
De mostrar pra si que triste é o novo contente
De gritar calado pra todo mundo ver
De se fingir por baixo pra então ascender

A quem me dera solidão
Abraçar-te tal maneira que ao te soltar
O mundo a sua volta não pudera mais acomodar
Toda essa imensa arrogância
Toda essa hipocrisia, intolerância
Todo esse mundo que se constrói
Pra dizer que a vida não dói
Pra dizer que a felicidade mora perto
Pra dizer que hoje, cansei de ser moderno.